BPI Capacitar - page 2

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A oficina da inclusão
romover a autonomia e amobilidade de ido-
sos ou pessoas comdeficiência nem sempre
exige grandes investimentos. Na delegação
da Cruz Vermelha de Arcos de Valdevez, os
técnicos de apoio domiciliário perceberam
que bastampequenos equipamentos para fazer a diferença
na vida das dezenas de idosos apoiados pela organização.
Um andarilho ou a instalação de um varão na casa de ba-
nho fazem toda a diferença, tal como um pequeno eletro-
doméstico, como ummicro-ondas, podemudar muito.
“O
que pretendemos com este projeto é dotar as residências
destes idosos de meios que melhorem a sua qualidade
de vida.”
, argumenta Pedro Soares da Silva, presidente
da delegação.
Numa primeira fase, o apoio do Prémio BPI Capacitar
vai permitir ajudar 75 pessoas carenciadas. “Nós sabemos
que os recursos são limitados”, conta Soares da Silva. “Se
não for este espírito de boa vontade das grandes empre-
sas não conseguiríamos recursos para estes projetos, que
são extremamente importantes para melhorar a qualida-
de de vida dos doentes.” Em Arcos de Valdevez, a soma
de vontades e o empenho dos voluntários, agora premia-
dos, mostramque os pequenos gestos podem ser valiosos.
e uma velha oficina criar um Lar Residen-
cial. É este o projeto da fundação ADFP -
Assistência, Desenvolvimento e Formação
Profissional, uma instituição criada em 1987
e que já recebeu múltiplas distinções pelo
seu trabalho ímpar na integração das pessoas com de-
ficiência. Apostando forte na empregabilidade dos seus
utentes, a fundação recorreu ao BPI Capacitar para reunir
recursos para a criação de um Lar Residencial de oferta
de emprego apoiado. O espaço terá capacidade para 26
utentes e incluirá áreas de convívio e gabinetes médicos
e técnicos. O lar permitirá acolher utentes de fora da re-
gião que vêm a Miranda do Corvo para aceder aos apoios
sociais que a fundação presta aos seus 3500 utilizadores.
“O emprego apoiado é o objetivo primordial deste proje-
to”
, explica Fernando Marques, coordenador da área de
Formação e Emprego na fundação.
“Este prémio é um importante contributo de incentivo à
implementação do projeto”, uma prioridade da fundação,
que pretende lançar os trabalhos omais depressa possível.
O objetivo é fazer da nova valência um espaço de habilita-
ção de pessoas com deficiência e de apoio à sua inserção
nomercado de trabalho. Na própria fundação, 20 por cen-
to dos trabalhadores têm deficiência e ocupam com êxito
os mais variados cargos. “Somos diariamente o exemplo
de que um trabalhador comdeficiência ou doença mental
pode ser um trabalhador exemplar, motivado e capaz de
taxas de produtividade ‘motivadoras’ para o empregador”,
defende Fernando Marques.
ncontrar ajuda especializada para jovens
com Perturbação do Espetro do Autismo
não é tarefa fácil em Portugal. Na zona nor-
te, o único Centro de Atividades Ocupa-
cionais existente, em Gaia, está sobrelota-
do, o que deixa muitas famílias sem acesso a programas
que promovam a integração dos doentes com autismo.
“Até agora, estes jovens estavam em casa, fechados no
quarto”, lamenta Marco Reis, presidente da Direção da
Associação de Amigos do Autismo, em Viana do Castelo.
Para resolver a carência de respostas sociais, a associa-
ção projetou um Centro de Atividades Ocupacionais que
possa acolher jovens autistas durante o dia, promovendo
a sua inclusão com um conjunto de atividades lúdicas e
terapêuticas à medida das suas necessidades. O espaço
já está escolhido – uma escola em Viana do Castelo –,
mas faltava o apoio para avançar com a obra.
“O BPI veio permitir que este sonho se concretizasse”,
diz Marco Reis. O novo centro abre já em fevereiro e vai
permitir ocupar 15 jovens maiores de 16 anos. Será um
grande avanço para estes utentes e as suas família. “Isto
vai permitir que estes jovens tenham uma ocupação di-
ária e aprendam aspetos essenciais para a vida”.
nome diz tudo: a AssociaçãoNacional de
Desporto para Deficientes Visuais (AN-
DDVIS) usa as competições desportivas
no trabalho de integração. Agora, graças
ao apoio do Prémio BPI Capacitar, a AN-
DDVIS vai poder organizar um conjunto de atividades
desportivas para a população invisual e com baixa vi-
são, em modalidades como o
goalball
(uma espécie
de futebol para invisuais), o atletismo, a natação ou o
ciclismo.
“Este prémio vem possibilitar-nos pôr tudo
isto de pé com outros recursos”
, congratula-se Paulo
Carrola Coelho, presidente da associação. “Veio revo-
lucionar o nosso trabalho.”
O valor dos pequenos gestos
Casa nova para o autismo
Inclusão
desportiva
NOVARESPOSTA
Oprojeto da
Associação de Amigos do Autismo
vai dar umgrande impulso
à integração dos utentes
EMPREGO
Potenciar
as competências profissionais
das pessoas comdeficiência
é o objetivo do projeto lançado
pela Fundação ADFP
UMABOAAJUDA
Compequenos apoios,
a Cruz Vermelha de Arcos de Valdevez vai
fazer uma grande diferença na qualidade
de vida dos seus utentes
D
P
e
o
processo burocrático para ter acesso a ca-
deiras de rodas ou outros equipamentos
de apoio àmobilidade émuitas vezes di-
fícil e demorado. No Centro de Medicina
de Reabilitação de Alcoitão, umgrupo de
técnicos e voluntários teve uma ideia para ultrapassar
as dificuldades. O Banco de Produtos de Apoio para a
Inclusão pretende emprestar ou alugar estes equipa-
mentos a preços acessíveis. “Nós sentimos as neces-
sidades”, explica Catarina Filipe, diretora do Serviço
de Pediatria no Hospital de Alcoitão. “Infelizmente, as
verbas são curtas.” Daí a importância do Prémio BPI
Capacitar.
“Vai ajudar-nos a arrancar, porque vai possi-
bilitar-nos adquirir muitos destes produtos de apoio.”
A partir daí, está aberto o caminho para a inclusão.
Uma nova
força
o
uMprémio
paraa inclusão
O Prémio BPI Capacitar é um dos maiores fundos
privados de apoio a projetos de integração social
no nosso país. No valor global de 500 mil euros,
o prémio, criado em 2010, financia iniciativas da
sociedade civil que promovam a integração social
e a melhoria da qualidade de vida de pessoas com
deficiência ou incapacidade permanente. A qualidade
técnica de cada projeto, a sua sustentabilidade e o
seu impacto na promoção da qualidade de vida dos
beneficiários são os critérios fundamentais para a
atribuição do Prémio. O júri procura projetos sólidos,
inovadores e que possam ser replicados por outras
organizações, pelo país fora. Este ano, o BPI Capacitar
analisou perto de três centenas de propostas,
atribuindo dois primeiros prémios, ex aequo, e nove
menções honrosas.
Menções
honrosas
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