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BIPP – Banco de Informação de Pais para Pais
Formar para a
empregabilidade
O
futuro das pessoas com deficiência, a sua capacidade de
se sustentarem e de terem uma profissão é uma das prin-
cipais preocupações dos familiares destes jovens, que re-
ceiam o que possa vir a acontecer no dia em que lhes faltarem.
Reconhecendo esta problemática, o Banco de Informação de Pais
para Pais, “que visa a plena inclusão das pessoas com necessida-
des especiais na sociedade”, candidatou ao Prémio BPI Capacitar
o projeto “Dinamisa”, que visa a formação profissional certifica-
da de jovens, em parceria com o Instituto Superior de Agrono-
mia, em Lisboa, que arrecadou uma menção honrosa no valor de
cerca de 32 mil euros.
Joana Santiago, presidente da instituição, congratula-se com a
existência destes prémios e com a menção honrosa atribuída, que
vai permitir que um total de “72 jovens, entre os 18 e os 35 anos,
aprendam uma profissão ao longo de quase três anos, o que lhes
possibilitará a integração no mercado laboral”. Inicialmente, o pro-
jeto previa abranger 45 jovens, mas a instituição decidiu alargar o
número de vagas e está atualmente em processo de avaliação dos
candidatos. A formação, na área da horticultura e da jardinagem,
terá a duração de 20 meses de treino teórico-prático e 12 meses
de estágio e deverá iniciar-se em fevereiro de 2014.
APPACDM–AssociaçãoPortuguesadePais eAmigos doCidadãoDeficiente
Mental deMatosinhos
Equipar para incluir
A
APPACDM de Matosinhos levou para casa um cheque
no valor de 50 mil euros do Prémio BPI Capacitar para
o projeto “Equipar para incluir”. Trata-se de “propor-
cionar serviços de reabilitação numa ala da instituição, abrin-
do as portas a parceiros e à comunidade, com a constituição
de um banco de ajudas técnicas na área da fisioterapia para
todos”, explica Olívia Assunção, presidente da instituição.
A iniciativa vai beneficiar cerca de 440 pessoas que não
têm resposta de actividades lúdico-terapêuticas no concelho
de Matosinhos. “Além de ocupar as pessoas, este projecto vai
mais além, no âmbito das terapias ao nível académico, de re-
abilitação, etc., sempre com acompanhamento dos resulta-
dos”, explica Olívia Assunção.
A presidente da APPACDM de Matosinhos considera que
iniciativas como o Prémio BPI Capacitar são fundamentais pa-
ra as instituições, “porque podemos ter muitas ideias mas se
não houver dinheiro, não se faz nada, não tenhamos ilusões”.
Grupo Desportivo de Deficientes do Centro
deMedicina de Reabilitação de Alcoitão
Reabilitação
pelo desporto
O
Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão é famoso
pelo seu trabalho na reabilitação em Portugal. Menos fa-
moso, mas igualmente importante, é o Grupo Desportivo
de Deficientes que aqui existe, de onde têm saído vários atletas
de projeção nacional no desporto para pessoas com deficiência.
Para continuar o seu trabalho, o Grupo Desportivo candidatou-
-se ao Prémio BPI Capacitar com o projeto “Basquetebol Adaptado”
e levou para casa uma menção honrosa no valor de 20 mil euros,
que vai permitir, entre outras coisas, a substituição e aquisição de
cadeiras de rodas adaptadas próprias para a prática desta moda-
lidade, abrangendo 15 beneficiários.
Elizabeth Hunstock, responsável pelo projeto, confessa que “a
falta de apoios nos últimos anos levou a que a prática da modali-
dade se mantivesse apenas por amor ao basquetebol e aos bene-
fícios que a prática do desporto faz por estas pessoas. Mas é um
desporto que envolve equipamentos caros e por isso decidimos
concorrer a este prémio para podermos continuar a nossa ativi-
dade”. A existência deste tipo de iniciativas solidárias merece to-
do o respeito do presidente do Grupo, Augusto Ferreira, que con-
sidera “fundamental, porque sem estes apoios era praticamente
impossível continuar. É um incentivo importante perceber que
instituições com este peso valorizam o nosso trabalho”, aponta.
APPACDM – Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão
DeficienteMental deMirandela
O valor do exemplo
E
mMirandela, inclusão social e serviço à comunidade há muito andam de mãos dadas. Graças a um negócio inclusivo
dinamizado pelo núcleo local da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental, os benefici-
ários da instituição fazem rotineiramente a recolha de papel na cidade, que é depois encaminhado para reciclagem,
cujos proveitos ajudam a financiar as respostas sociais da
associação.
A ideia é simples: “Se as pessoas comdeficiência se pre-
ocupame dão o exemplo coma reciclagem, porque é que a
comunidade não há de seguir esse exemplo?”, explica Nar-
cisa Castro, responsável pelo projeto agora premiado pelo
Prémio BPI Capacitar, comumapoio de quase 45mil euros.
Agora, dá-se o passo seguinte no projeto, somando ao
papel a recolha de óleos alimentares usados para recicla-
gem, coma compra de uma viatura adaptada comoleões e
contentores. A iniciativa vai permitir ocupar cinco benefici-
ários da APPACDMdeMirandela, mas o impacto serámais
vasto. “Estamos preocupados em criar postos de trabalho,
em fazer com que as pessoas não saiam da comunidade”,
justifica Narcisa Castro.
Centro de Educação Especial
Rainha D. Leonor
Jardins inclusivos
É
a segunda vez consecutiva, terceira no total, que
um projeto do Centro de Educação Especial Rai-
nha D. Leonor, nas Caldas da Rainha, ganha o
Prémio BPI Capacitar. É um currículo impressionante,
mas Maria João Domingos, presidente da instituição, diz
que se trata apenas de mostrar o trabalho feito todos os
dias pelos utentes do centro.
O projeto “Jardins inclusivos” é um negócio social de serviços de jardinagem à comunidade local, que promove o con-
tacto dos clientes com os beneficiários da instituição, aumentando a inclusão. É também uma forma inteligente de custear
as despesas com as respostas sociais do centro. O prémio de cerca de 35 mil euros vai permitir criar mais uma equipa de
manutenção de jardins, alargando o trabalho de inclusão profissional da instituição. “Isto é uma forma de sensibilização
para o potencial do trabalho e da realização de serviços para o bem da comunidade”, sintetiza Maria João Domingos. “É
uma forma de mostrar o que somos capazes de fazer”.
Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Santo Tirso
Missão de proximidade
E
m Santo Tirso, a missão de apoio social da delegação local da Cruz
Vermelha Portuguesa tem vindo a crescer à medida das necessida-
des da população local. Foi o que aconteceu com o projeto de inter-
venção precoce e desenvolvimento infantil que a Cruz Vermelha Portuguesa
de Santo Tirso candidatou ao Prémio BPI Capacitar, e que foi contemplada
com um apoio de cerca de 40 mil euros.
Verificando as dificuldades crescentes das famílias da região no acesso aos
serviços de intervenção precoce e terapia da fala para crianças comdeficiên-
cia, a instituição vai agoramobilizar uma equipa de técnicos especializados
que farão o acompanhamento, gratuito, de 50 crianças junto das famílias e
emcontexto clínico ou escolar. A intervenção precoce é crucial paraminorar
os riscos de atrasos no desenvolvimento ou dificuldades de aprendizagem.
O projeto pode agora arrancar, graças ao Prémio BPI Capacitar. “Vai ser-
vir de alavanca”, explica o presidente da Cruz Vermelha Portuguesa de San-
to Tirso, Hugo Assoreira. “Depois disto, a sustentabilidade do projeto será
mais fácil de atingir”.