BPI CAPACITAR - page 2

Associação de Paralisia Cerebral de SãoMiguel
Hidroterapia acessível
em Ponta Delgada
U
ma das menções honrosas
desta edição do Prémio BPI
Capacitar foi para a Associa-
ção de Paralisia Cerebral de S. Miguel,
emPonta Delgada, Açores. A associa-
ção tem como missão a “defesa dos
direitos e dos interesses dos cidadãos
portadores de paralisia cerebral, mas
tambémde outras situações neuroló-
gicas”, explica Ana Paula Rego, vice-
presidente da instituição.
Nascida em 2005, a organização
candidatou-se aoPrémio comumpro-
jeto que visa “eliminar barreiras à prá-
tica de atividades lúdicas e terapêuticas
em meio aquático, para pessoas com
mobilidade reduzida”. O projeto vai
receber um prémio de cerca de 5 mil
euros que irá beneficiar diretamente
20 utentes, com idades entre os 3 e os 20 anos, e surgiu do facto de a “necessidade de adaptação ao meio aquá-
tico ser muito importante para estas pessoas, na medida em que este tipo de exercício se torna mais agradável,
o que leva a uma maior inclusão social, em particular num concelho onde este equipamento é quase inexisten-
te”. Ana Paula Rego congratula-se com a existência deste tipo de iniciativas, uma vez que “trazem visibilidade
a estes projetos, além de nos sentirmos mais apoiados pela sociedade, o que nos motiva a continuar o trabalho
que realizamos”.
APPDANorte – Associação Portuguesa para
as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo
Um bandolim para todos
O
s benefícios da musicoterapia colhem reconhecimento por todo omun-
do, mas se ouvir música ajuda nas mais diversas terapias, compor ou
tocar um instrumento pode ter os mesmos efeitos ou ainda melhores.
problema: nem todos têm acesso a instrumentos musicais. Diz o ditado que
“o homem sonha e a obra nasce” e foi a pensar nas pessoas com maiores difi-
culdades que Júlio Santos, professor de música, criou um bandolim especial,
só com uma corda, que pode ser tocado por qualquer pessoa.
O instrumento causou sensação numa apresentação de tunas e a Associação
Portuguesa para Perturbações do Desenvolvimento e Autismo do Norte (APPDA
Norte), onde Júlio Santos trabalha, decidiu candidatar o projeto ao Prémio BPI
Capacitar, levando para casa uma menção honrosa no valor de cerca de nove
mil euros. Este valor servirá para a criação de um grupo musical de bandolins,
que integrará 30 beneficiários.
A APPDA Norte nasceu em 1984, trabalha na área da estimulação precoce
e dispõe, entre outras valências, de lar residencial para jovens com mais de 18
anos. Para Ana Maria Gonçalves, vice-presidente da associação, “a existência
destes prémios é uma mais-valia para as instituições e um reconhecimento do
trabalho que fazemos”.
OsMalmequeres
Trabalho útil, trabalho seguro
A
associação Os Malmequeres, de Marrazes, em Leiria, trabalha com deficientes mentais em horá-
rio pós-escolar e com aqueles que, tendo terminado os estudos, não têm possibilidade de integrar
o mercado de trabalho. Criada há 25 anos, a associação foi contemplada com uma menção honro-
sa no valor de praticamente 25 mil euros, que serão direcionados para o projeto “Oficina Limpa e Segura”.
A iniciativa, que beneficiará 30 utentes, visa a substituição das máquinas de corte de madeiras atualmen-
te utilizadas na associação. “Produzimos
brinquedos em madeira que são utiliza-
dos em atividades com escolas e desde
1998 que são os utentes que fazem tudo o
que diz respeito a estes brinquedos, des-
de a sua conceção ao desenho, passando
pelos acabamentos finais. Por razões de
segurança, a única coisa que não fazem
é o corte de madeiras. Com esta máqui-
na, os nossos utentes vão poder partici-
par nesse processo, com supervisão, uma
vez que é tudo computorizado, o que nos
permite ainda cortar vários bonecos ao
mesmo tempo, o que não acontece ago-
ra”, explica a presidente da instituição,
Edite Dinis, que considera de “extrema
importância” a existência de iniciativas
como o Prémio BPI Capacitar.
CerciPortalegre – Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças
Inadaptadas de Portalegre
Reabilitar passo a passo
R
eabilitar passo a passo” é o nome do projeto como qual a CerciPortalegre concorreu ao Prémio BPI
Capacitar. A iniciativa levou para casa uma menção honrosa no valor de pouco cerca de nove mil euros.
Fundada em1980, a CerciPortalegre pretende aplicar este valor no desenvolvimento de “ativida-
des e exercícios terapêuticos de reabilitação, estimulação e relaxamento, com benefícios ao nível da saúde e do
bem-estar”, explica Ana Pires, assis-
tente social da instituição. Este prémio,
que abrangerá 36 utentes com idades
entre os 15 e os 60 anos, permitirá “eli-
minar a precariedade atual do espaço
de fisioterapia, proporcionando uma
melhor reabilitação aos nossos uten-
tes”, acrescenta Maria da Conceição
Bagina, tesoureira da organização.
A instituição pretende ainda “alar-
gar este serviço aos familiares dos
utentes, bem como ampliar o horário
de intervenção do nosso técnico”, re-
força a tesoureira, que considera que
este prémio “é uma mais-valia, traz
uma maior visibilidade aos projetos
vencedores. Todas as instituições de-
viampreocupar-se comestas causas”,
remata.
CerciPom – Cooperativa de Ensino e Reabilitação
de Cidadãos Inadaptados
As pontes da comunicação
H
oje em dia, nos grandes centros urbanos, não é frequente encontrar-
-se uma criança ou um jovem que não tenha acesso a equipamentos
eletrónicos que lhe permitam comunicar com o mundo. Mas muitas
instituições debatem-se com dificuldades no acesso a estes equipamentos, que
trazem mais-valias aos seus utentes, razão pela qual a CerciPom de Pombal
concorreu ao Prémio BPI Capacitar com o projeto “Pontes de Comunicação”.
Este projeto visa a criação de um espaço informático na instituição, que
permita a aprendizagem das técnicas de informação e comunicação, através
da disponibilização de “equipamento informático adaptado e de
software
de
comunicação aumentativo”, o que inclui “periféricos adaptados e
hardware
com características especiais”. A iniciativa recebeu uma verba de perto de 29
mil euros do BPI.
Preciosa dos Santos, vice-presidente da instituição, explica que este espa-
ço informático “vai beneficiar 83 utentes, das cerca de 300 pessoas que a ins-
tituição apoia nos concelhos de Alvaiázere, Ansião e Pombal”. A responsável
manifestou-se satisfeita com esta iniciativa, que considerou “de louvar e uma
grande ajuda para as instituições”.
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